quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Pernambuco ocupa segundo lugar como principal polo médico

Com mais de 4.800 estabelecimentos médicos, perde apenas para SP


O estado de Pernambuco é considerado o segundo polo médico, ficando atrás apenas de São Paulo (SP).

A área central da Região Metropolitana do Recife abriga grandes unidades hospitalares e de diagnósticos, incluindo a referência em emergência do Norte/Nordeste, Hospital da Restauração.

Diversos pacientes vêm até a capital pernambucana em busca de tratamento de média e alta complexidade, com os profissionais devidamente qualificados nas gestões hospitalares de prática e atendimento.

Hospitais de reconhecimento nacional como o Real Hospital Português, Hospital Esperança, Santa Joana, Albert Sabin, estão localizados entre os bairros da Ilha do Leite e Derby, área central.

Dados da Secretaria de Turismo de Pernambuco (Setur/PE) apontam que Pernambuco é o maior polo médico do Norte/Nordeste, com mais de 4.800 estabelecimentos médicos, entre clínicas e hospitais.

A variedade de especialidades, em conjunto à alta qualidade, fez com que 11% do volume total de turistas que visitaram o Estado procurassem algum serviço da área em 2012.

A repórter Anne Coifman entrevistou o Secretário de Saúde e Vice-Prefeito de Vertentes, Dr. Hélder Corrêa.



Anne- O que significa exatamente o Polo Médico?

Hélder: - O polo médico é avaliado pelo número de hospitais, complexidade e quais patologias eles podem tratar. Recife perde atualmente apenas para São Paulo, porque tem hospitais de grande porte, com capacidade acima de 800 leitos, o Real Hospital Português (RHP) é um exemplo. Pernambuco conta ainda, com hospitais públicos com capacidade e tecnologia para tratar todas as doenças de qualquer sistema sem a necessidade de transferência para outra região".




Anne - Por que Pernambuco ocupa essa posição atualmente?

Hélder: Hoje Recife tem na sua estrutura hospitalar público-privada um quantitativo de leitos altos que justifica o seu posto de segundo polo médico com tecnologia suficiente para tratar tudo.



Anne - O único requisito para o estado ser considerado um polo médico é a infraestrutura?

Hélder: - O polo médico também é avaliado pelo número de residências que ele oferta para o estudante de medicina.
Pernambuco tem a referência em tratamento de queimados, Hospital da Restauração (HR), aonde vem gente de todos os locais em busca de atendimento.

Anne: Pernambuco dispõe de profissionais em todas as especialidades?

Hélder: - Vem profissionais de todo o Nordeste para fazer especialização ou a residência em neurocirurgia aqui em Recife. Anestesia, a mesma coisa. Não só do Nordeste, como em outros estados como Sul e Sudeste. Essa mistura de área de ensino na área médica e o aumento do número de especialidades na área médica faz com que sejamos um grande polo médico.



Anne - Qual a especialidade que a Região Metropolitana do Recife dá mais suporte?

Hélder: A macrorregião do Agreste tem como centro Caruaru com Hospital Regional do Agreste (HRA), porém, Caruaru não tem todas as especialidades. O paciente então é encaminhado para Recife que tem o suporte adequado, principalmente na área de neurologia e neurocirurgia.





Em Pernambuco existe o Tratamento Fora de Domicílio (TFD) onde a prefeitura dá uma ajuda de custo ao paciente que precisa se deslocar rumo à Região Metropolitana do Recife para tratamento. Um paciente que vai fazer a Hemodiálise em Recife recebe todo mês uma ajuda de custo para ir fazer o tratamento. A prefeitura ainda dá o transporte, alimentação durante o translado e mais uma ajuda de custo que gira em torno de R$ 500,00.

O município é responsável pela atenção básica, de baixa e média complexidade. O estado é responsável pela alta complexidade. Todo paciente de alta complexidade deve ser encaminhado para a referência que é a capital ou o hospital que controla a macrorregião.

Recife tem praticamente todas as especialidades em residência médica. Hoje, o paciente não precisa sair daqui para São Paulo para fazer nada, nem em termos cirúrgicos nem em termos clínicos.


Hélder Corrêa- Foto: Anne Coifman 
Formado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Hélder Corrêa é atualmente o Secretário de Saúde e Vice- Prefeito do município de Vertentes,  no Agreste Pernambucano.

Médico Clínico Geral, Cardiologista e Intensivista há 17 anos, também atuou no período de 2003 até 2005, como Chefe de UTI do Hospital da Restauração (HR).
De 2005 até 2011, ocupou o cargo de diretor da maior emergência do                                                             Norte/Nordeste, Hospital da Restauração (HR).

 Entre 2007 e 2012, foi chefe das UTIs do  Real Hospital Português (RHP), localizado na Ilha  do Leite, Região Metropolitana do Recife.




Reportagem Anne Coifman




quarta-feira, 25 de setembro de 2013

É possível levar uma vida saudável?

Por Alynne Oliveira

Na correria diária muitos brasileiros deixam de ter uma vida saudável e índice de obesidade aumenta

Para milhares de brasileiros possuir hábitos saudáveis é praticamente um dilema, muitas são as justificativas, entre elas é a correria do dia a dia, pouco tempo para as atividades físicas e a frequência de refeições realizadas fora de casa, enquanto isso, uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recentemente constatou o aumento da obesidade no Brasil.

Houve um aumento progressivo da obesidade nos últimos 35 anos, a pesquisa do IBGE foi dividida em faixas etárias, e comprovou um grau de sobrepeso que atinge cerca de 30% das crianças entre 5 a 9 anos, o índice é de 20% entre os pré-adolescentes, 48% nas mulheres e mais de 50% nos homens adultos.

Dietas da moda, que prometem a perda de peso rápido é um risco a saúde

A educadora social, Ana Ferreira afirma que tem dificuldades em conciliar a prática de exercícios com a uma alimentação saudável, “Eu acordo às 5h30 da manhã vou para o trabalhar, termino fazendo minha refeições na rua mesmo e quando chego em casa já passa das 22 horas impossibilitando qualquer atividade física”, conta. A educadora não é minoria, a pesquisa mostrou que a  chamada “epidemia da obesidade”, está relacionada a má alimentação e o sedentarismo.

Para obter hábitos saudáveis deve-se equilibrar quatros elementos: sono, alimentação, exercícios físicos e ingestão de água. Procurando harmonizar estes itens a pessoa poderá perder os pesos extras adquiridos e ganhar qualidade de vida, afirma a nutricionista Amanda Souza que alerta ainda para os perigos das dietas da moda “Para quem deseja adotar uma vida saudável, o primeiro passo é procura ajuda profissional, pois apostar em dietas mirabolantes, além do efeito safona, consequência da maioria delas, pode trazer riscos a sua saúde, não acredite em dietas que prometem emagrecer 15 kg em cinco dias, o ideal previsto a para um emagrecimento equilibrada é 10% do seu peso semanalmente.

Foto: Alynne Oliveira
Tereza Cristina se excita frequentemente para manter uma vida mais saudável

    A dica do educador físico Carlos Vila Nova são as corridas ao ar livre “ Para a pessoa que busca se exercitar, mas não podem gastar, devem investir em corridas, pois seu gasto calórico gira em torno de 300 kcal por uma hora de exercício,em um indivíduo de 65 kg além dos estímulo das paisagens”, outra opção é usar produtos que você tenha em casa, como vassouras ou saco de feijão para a execução dos exercícios. “ O importante é não ficar parado, procurar atividades que você sinta prazer em fazer”, completa.

Existem também muitas pessoas que conseguem levar uma vida equilibrada, é o caso da gerente do curso de idiomas Cultura Inglesa, Tereza Cristina, de 50 anos, ela que a quatro anos mudou sua rotina e passou priorizar alimentos integrais e produtos como chá verde, linhaça, granola entre outros na sua dieta, além de se matricular em uma academia de ginástica, “ Dizer que mudar costumes é fácil eu estaria mentindo, qualquer tipo de mudança exige uma boa dose de força de vontade e tempo, querer atingir resultados rápido, não ajuda, fora que se você não atingi-los ficará frustada”, diz.


O mercado de produtos e serviços que visam a melhoria na qualidade de vida das pessoas estão mais diversificados e para todos os bolsos. Hoje, não existe mais aquela desculpa do “não deu tempo”, muitas academia oferecem a ampliação do horário de funcionamento, além de abrir nos finais de semana. Situação parecida a dos restaurantes e serviços de entrega de comida que estão a cada dia investindo mais em um cardápio light. Portanto, não existe milagres, o que existe é uma organização, pois até para ter uma vida saudável tem que planejar.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Ceatox publica artigo em Revista Internacional

Espécie altamente venenosa/ Foto: Miva F.

O Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox-Pe)  publicou um artigo intitulado “Pediatric epidemiological aspects of scorpionism and report on fatal cases from Tityus stigmurus stings (Scorpiones: Buthidae) in State of Pernambuco, Brazil. no Journal Of The Brazilian Society of Tropical Medicine. O trabalho aborda os aspectos epidemiológicos do Escorpionismo em Pernambuco e  tem como foco os acidentes na infância, já que aqui em Pernambuco, a espécie de escorpião mais comum só pode causar acidentes graves em crianças.
Um fato relevante da pesquisa é a confirmação do Tityus stigmurus (escorpião amarelo) como uma espécie de importância médica no Brasil, podendo causar óbitos em menores de 12 anos, como relata o estudo.
O artigo foi enviado em Maio de 2013, sendo aprovado para publicação no mês de Julho do mesmo ano e se encontra disponível no link http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86822013005000028&script=sci_arttext
O artigo traz um levantamento dos dados apontados pelo Ceatox de casos de acidentes envolvendo picadas escorpiões em Pernambuco, principalmente pela espécie Tityus Stigmurus.
Dados do Ceatox apontam que de 2007 a 2010, um aumento alarmante na ocorrência de envenenamento por escorpião tem sido observado no Brasil. O número de casos registrados aumentou de 37.441 notificações em 2007 para 51.457 em 2010.
O escorpionismo de T.Stigmurus, constitui uma emergência médica freqüente e causa graves problemas de saúde em crianças com menos de 15 anos de idade. Desde o primeiro relato de morte atribuído à T. Stigmurus em Recife, estado de Pernambuco, várias notificações foram relatados pela organização dos serviços de saúde local, sem informações precisas.
"Levando-se em conta os sintomas clínicos, descrição e identificação de escorpião, a maioria dos casos de escorpionismo foi atribuída à espécie T. Stigmurus, confirmando-o como um dos principais causadores de problemas de saúde pública no Estado", explica o biólogo do Ceatox, Pedro Neto.
Durante o período estudado, 9.234 acidentes causados ​​por animais peçonhentos (cobras, aranhas, abelhas e escorpiões) foram registrados no Ceatox. Acidentes escorpião responsável pela maior parte dos casos (5.561) e intoxicação em crianças representaram 28,8% dos casos de picadas de escorpião. Um aumento gradual no número de pacientes internados no Ceatox foi registrado durante o período estudado, a partir de 239 picadas de escorpião em 2006 para 385 em 2010.

 Anne Coifman